Israel ataca alvos no Irã: ofensiva aérea sobre instalações nucleares eleva risco de guerra total
Teerã, 12 de junho de 2025
Um ataque aéreo israelense confirmado nesta quinta-feira atingiu instalações nucleares estratégicas do Irã nas regiões de Natanz e Isfahan. O bombardeio provocou a morte de dois altos comandantes da Guarda Revolucionária Iraniana, gerando uma resposta imediata de Teerã com o lançamento de drones armados e mísseis balísticos contra centros militares israelenses em Tel Aviv, Haifa e outros pontos do norte do país. A escalada do conflito elevou os receios de uma guerra regional de grandes proporções.
Dano crítico às instalações nucleares iranianas
De acordo com o Ministério da Defesa de Israel, o ataque teve como objetivo desestabilizar "capacidades nucleares suspeitas" mantidas pelo regime iraniano. Imagens de satélite e vídeos de fontes independentes mostram incêndios e destruição parcial de complexos subterrâneos próximos à usina de enriquecimento de urânio de Natanz. Fontes de inteligência norte-americanas afirmaram que a operação contou com drones sigilosos e jatos de combate F-35, operando com apoio logístico dos EUA e Reino Unido.
O Irã confirmou a morte dos comandantes generais Reza Madani e Shahram Alizadeh, membros seniores do alto comando da Guarda Revolucionária, responsáveis por operações estratégicas de defesa e pelo programa de mísseis de longo alcance. Ambos foram homenageados em pronunciamentos públicos transmitidos pela televisão estatal, sendo chamados de "mártires da soberania nacional".
Retaliação imediata com drones e mísseis
Minutos após o ataque israelense, Teerã respondeu com a ativação do chamado "Plano Qaher", uma estratégia militar integrada que envolve múltiplos braços da força aérea, da unidade de drones Shahed e do Corpo de Mísseis Balísticos Fateh. Segundo relatos do Ministério da Defesa iraniano, mais de 70 drones explosivos foram lançados contra bases militares, instalações navais e sistemas de defesa antimísseis israelenses. A maior parte foi interceptada pelo sistema Domo de Ferro, mas alguns impactos foram confirmados nos arredores de Haifa e Ramat Gan.
Além dos drones, o Irã disparou dez mísseis balísticos de médio alcance, dos quais ao menos dois atingiram uma base de treinamento militar no deserto do Negev, causando destruição parcial de hangares e ferindo sete militares israelenses, segundo fontes locais.
Reações internacionais e risco de escalada regional
A comunidade internacional reagiu com grande preocupação. O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou reunião extraordinária para discutir a crise. O presidente dos Estados Unidos emitiu comunicado exigindo "imediata cessação das hostilidades" e alertou para "as consequências catastróficas de uma guerra no Golfo". A União Europeia pediu moderação de ambos os lados, enquanto China e Rússia reforçaram apoio à solução diplomática.
Analistas de defesa alertam que, caso o conflito se intensifique, países como Líbano, Síria, Iémen e Arábia Saudita podem ser arrastados para o conflito, transformando o embate bilateral em um conflito regional multilateral de proporções devastadoras.
Impactos econômicos e no mercado financeiro
O ataque repercutiu imediatamente nos mercados globais. O petróleo Brent disparou para US$ 97,80 o barril, e o ouro subiu 2,5% em poucas horas. O Bitcoin, por sua vez, sofreu forte retração de 11%, caindo para US$ 103.900 — seu menor nível desde fevereiro de 2025. Investidores buscaram proteção em ativos tradicionais diante do colapso temporário na confiança em criptoativos e tecnologia.
As bolsas da Ásia e da Europa registraram fortes quedas, com destaque para o DAX alemão e o Nikkei japonês. O mercado futuro de Nova York abriu com tendência de queda, e o VIX (índice do medo) saltou para níveis não vistos desde o início da guerra na Ucrânia.
Perspectivas de curto prazo e desdobramentos
Fontes diplomáticas indicam que esforços estão sendo feitos por mediadores internacionais, incluindo Turquia, Catar e Suíça, para conter a escalada e restaurar o diálogo entre as partes. No entanto, ambos os governos adotaram tom desafiador em seus pronunciamentos mais recentes, indicando que o cessar-fogo imediato ainda parece improvável.
O Irã prometeu continuar a retaliação "até que Israel pague pelas mortes e pelos danos ao programa nuclear pacífico". Israel, por sua vez, colocou sua força aérea e unidades antiterrorismo em alerta máximo, evacuando regiões próximas à fronteira norte e reforçando a segurança em Jerusalém e Tel Aviv.